Não entendo. Não entendo e, mesmo que conseguisse entender uma parte do problema, teria que ligá-lo à probabilidade de ter começado antes da pandemia, numa altura em que a vida na Terra ainda existia: como é possível adoptar uma postura meio neo-hippie, ensimesmada, enfiada, como a cerveja à pressão é enfiada nos barris, entre trejeitos zen e uma posição de intervenção social que rondará a velocidade média entre o caracol e a lesma, quando pessoas, enfim, morrem aos nossos pés por não comerem ou por não terem acessos aos cuidados mais básicos de saúde? Espera-nos um inverno, no mínimo, frio, sobretudo hoje, agora, que as startups fecharam as portas que nunca abriram e há vidas extra para os créditos desta vida, até ser game over. Espera-nos a rua, o desemprego, os outros na rua, familiares que morrem, namoros estragados por uma merda qualquer (Setembro, dizem, é pródigo na matéria), um Outono a convidar à praia quando a altura é para pagar a prestação da casa cujo banco já espreita e,